Trandutor

domingo, 5 de julho de 2020

FILME: DJANGO LIVRE

POSTAGEM 27


Sinopse: Django ( Jamie Foxx) é um escravo, comprado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schulz ( Chistoph Waltz ) para auxiliá-lo em uma missão. A dupla acaba fazendo amizade e após resolver os problemas do caçador, parte em busca por broomhilda ( Kerry Washington ), esposa de Django. Para issi, eles devem enfrentar o vilão Calvin Candie ( Leonardo Dicaprio), proprietário da escrava.




Django livre*

filme sobre a escravidão americana no sul dos Estados Unidos, um bom filme sobre o tema com varias cenas sobre o tema... recomendo o filme.
( Um clássico filme de Tarantino )



terça-feira, 30 de junho de 2020

LIVRO DE EDUARDO BUENO BRASIL : UMA HISTÓRIA CINCO SÉCULOS DE UM PAÍS EM CONSTRUÇÃO

POSTAGEM 26

“Brasil uma história” é um rico panorama de toda a história do Brasil, do descobrimento em 1550 ao governo lula em 2010. O relançamento desta obra – revista e ampliada – marca, também, o retorno de um escritor best –seller às livrarias. Eduardo Bueno. O autor que criou e divulgou o gênero de obras sobre a História do Brasil com uma linguagem interessante e atraente para todos. Como o próprio Eduardo gosta de explicar, seu principal objetivo é tirar a História da sala de aula – essa história que, muitas vezes, é tão maçante e chata. E apresenta-la como algo vivo e dinâmico, uma aventura da qual participamos.

Eduardo Bueno




EDUARDO BUENO é escritor, jornalista, editor e tradutor, com a coleção Brasilis, que reúne A viagem do descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, capitães do Brasil e a coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas de mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Eduardo Bueno também traduziu 22 livros, sendo o principal deles o clássico On the Road – pé na estrada, de jack Kerouac, que marcou o desembarque da “literatura beat” no Brasil, com 30 anos de atraso, Ao longo das décadas de 1980 e 1990, editou mais de 200 títulos, de autores brasileiros e estrangeiros, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras, como jornalista, trabalhou nos principais veículos de comunicação, entre eles a Rede Globo, a TV cultura, a TVE – RS e os jornais O Estado de São Paulo e Zero Hora. Já dirigiu e estrelou um programa sobre história do Brasil no Fantástico, da TV Globo, e foi o primeiro apresentador do Historu Channel no Brasil. Eduardo Bueno ganhou dezenas de prêmios, dentre eles o Jabuti, em 1999, e a ordem do Mérito Cultural concedida pelo Ministério da cultura do governo federal.

LIVROS : COLEÇÃO DE EDUARDO BUENO ( TERRAS BRASILIS )

POSTAGENS 25

A VIAGEM DO DESCOBRIMENTO - BRASILIS VOL 01


Entre na caravela de Cabral. circule por entre soldados e marujos, pilotos Árabes e astrólogos judeus, intérpretes hindus e nobres lusitanos. Descubra o que comiam e quanto ganhavam esses homens. Viaje com eles por mares tempestuosos e calmarias enervantes. Saiba que força politica e econômicas, moviam a esquadra que chegou ao Brasil, mergulhando no mundo da Escola de Sagres e do Infante D. Henrique - Um herdeiro dos Cavaleiros Templários. Este livro busca o relato da nossa história como uma grande aventura - em que homens precisaram vencer seus limites na busca de um novo mundo. 

NÁUFRAGOS, TRAFICANTES E DEGREDADOS VOL II




Segundo volume da coleção Terra Brasilis, que se tornou um dos maiores sucessos editoriais do país neste ano – O livro abre a série. A viagem do Descobrimento, liderou as listas de mais vendidos – Náufragos, traficantes e Desgredados, de Eduardo Bueno, revela, com dramaticidade e riqueza de detalhes, um dos períodos mais empolgantes, porém menos abordados, na nossa história -  As primeiras expedições ao Brasil, que ocorreram em seguida à descoberta, de 1500 a 1531. Eduardo Bueno fez uma pesquisa minuciosa em documentos de época, como os diários de bordo, relatos de viagem e fragmentos de cartas, para reconstituir, com precisão e vivacidade, a incrível saga enfrentada pelos primeiros homens brancos que viveram no país.

Os que vieram parar nas praias brasileiras pelo acaso de um naufrágio, os que chegaram nas primeiras missões de exploração, os condenados ao degredo e os que simplesmente decidiram fica no Brasil por livre e espontânea vontade. Conhecer a história desses homens – vários deles casados com as filhas dos principais chefes indígenas, exercendo importantes papel na tribo e intermediando o comércio com as potências europeias – é indispensável para se entender os rumos do futuro país. Nessa galeria de personagens extraordinárias, figura- chave na ocupação e colonização do Brasil, vamos encontrar, além do monológico, Caramuru e de João Ramalho, outros bem menos conhecidos, como o misterioso Bacharel de Cananéia, primeiro grande traficante de escravos do Brasil, o Grumete Francisco Del Puerto, que viveu 14 anos entre os nativos do prata e depois traiu os europeus, ou o intrépido Aleixo Garcia, que em 1524 marchou de Santa Catarina, com um exército particular de dois mil índios, para atacar as cidades limítrofes do império Inca. Ao resgatar o papel desempenhado por estes, que podemos considerar os primeiros brasileiros. Bueno ilumina as três décadas esquecidas de nossa história oficial, período em que, entre outros fatos de grande destaque, o Brasil adquiriu seu nome e serviu de modelo para a Utopia, de Thomas Morus.



Capitães do Brasil: A saga dos primeiros colonizadores


Quem foram os primeiros colonizadores do Brasil? por que foram designados para assumir as grandes propriedades de terra e que missão esses donatários iriam desempenhar na nova colônia?
Os doze escolhidos, nomeados capitães do Brasil, eram conquistadores que lutaram na África ou na Índia, militares, funcionários graduados – todos ligados à coroa portuguesa do ´século XVI. Esses homens deixaram tudo para trás a fim de se tornarem os representantes da metrópole no extenso e longínquo território além – mar.

Suas histórias marcadas por incríveis aventuras – mas também por grandes tragédias. Alguns desses capitães venderam todos os seus bens para se mudar para as capitanias e acabaram perdendo tudo ao chegar aqui, Um morreu no mar. Outro foi acusado de heresia e preso por seus próprios colonos. Houve até um que foi devorado por um Tupinambá.

Este livro narra a surpreendente saga de capitães do Brasil no período de 1530 a 1550, revelando os jogos de poder, a ambição e o projeto da coroa portuguesa para a colônia do outro lado do Atlântico, virtualmente abandonada desde a expedição de Cabral.

Capitães do Brasil é o terceiro volume de coleção Brasilis, que alcançou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos e inaugurou um estilo leve, crítico e divertido de contar a história de nosso país.

A COROA A CRUZ E A ESPADA VOL IV



LEIA UM TRECHO DO LIVRO
INTRODUÇÃO

Restavam apenas destroços. Ainda assim, tão logo a caravela comandada por Gramatão Teles contornou a ponta do padrão e penetrou na baía de todos os Santos, o capitão e seus homens avistaram a Vila do Pereira – ou o que sobrava dela.
A antiga povoação se erguia numa pequena enseada na margem esquerda da baía, bem próxima à saída para o oceano. Antes mesmo de desembarcar, os recém – chegados devem ter percebido que, virtualmente, nada poderia ser aproveitado do vilarejo que fora a sede da capitania da Bahia.

A torre do Pereira, um prédio de pedra e cal com dois andares de altura, jazia em ruínas. Depois de meses jogando na praia, os quatro canhões que a guarneciam tinham sido levados por franceses que recolhiam pau – brasil à revelia das leis de Portugal. Da cerca de toras, a antiga
” tranqueira” de pau a pique erguida ao redor do vilarejo, sobravam apenas troncos calcinados.
As casas de barro e palha haviam sido arrasadas, e as casas de pedra, chamuscadas e sem telhado, só abrigavam insetos. Quando o vento soprava de sudeste, portas e janelas batiam lugubremente.
A desoladora visão que a vila do Pereira oferecia naquele princípio de verão de 1549 era um retrato em cores dramáticas da situação em que se encontravam as demais capitanias espalhadas pelo litoral do Brasil. Implantado 15 anos antes, em março de 1534, o regime das donatarias surgira como a solução mais engenhosa para dar início à ocupação da América portuguesa. Com a sua atenção e os recursos do tesouro Régio voltados para as riquezas do Oriente, o rei D. João III e seus conselheiros haviam transferido para a iniciativa particular a responsabilidade de ocupar o vasto território sul – americano, até então praticamente abandonado trinta anos após a descoberta de Cabral.

Nas remotas capitanias do Norte, as tentativas de ocupação tinham redundado em naufrágios e tragédias, e elas nunca chegaram a ser colonizadas. Em duas outras donatarias a revolta dos indígenas contra os abusos dos colonos provocara devastação: Ilhéus (cedida a Jorge de Figueiredo Correia, tesoureiro do reino). Havia sido atacada pelos ferozes Aimoré, e São Tomé (que pertencia ao capitão Pero de Góis) fora destruída pelos ainda mais temíveis Goitacá. As capitanias de Itamaracá e do Espirito Santo estavam nas mãos de comerciantes ilegais de pau brasil. Tanto portugueses como franceses, enquanto porto Seguro se achava à beira de uma guerra civil, com seu donatário, Pero do Campo Tourinho, preso pelos colonos e, após um processo espúrio, enviado a ferros para os tribunais da inquisição em Lisboa, isolada nas lonjuras do litoral sul, São Vicente sobrevivia aduras penas. Nos três lotes restantes, sequer houve tentativas de ocupação: a capitania do Ceará (que pertencia ao funcionário do tesouro Régio Antônio Cardoso de Barros), o lote do Rio de Janeiro (que era parte da capitania de São Vicente e pertencia ao fidalgo Martim Afonso de Souza) e a capitania de Sant’Ana (hoje Paraná e Santa Catarina, do militar Pero Lopes de Souza, irmão de Martim Afonso) permaneceram abandonadas por seus donatários.




Eduardo Bueno


EDUARDO BUENO é escritor, jornalista, editor e tradutor, com a coleção Brasilis, que reúne A viagem do descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, capitães do Brasil e a coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas de mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Eduardo Bueno também traduziu 22 livros, sendo o principal deles o clássico On the Road – pé na estrada, de jack Kerouac, que marcou o desembarque da “literatura beat” no Brasil, com 30 anos de atraso, Ao longo das décadas de 1980 e 1990, editou mais de 200 títulos, de autores brasileiros e estrangeiros, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras, como jornalista, trabalhou nos principais veículos de comunicação, entre eles a Rede Globo, a TV cultura, a TVE – RS e os jornais O Estado de São Paulo e Zero Hora. Já dirigiu e estrelou um programa sobre história do Brasil no Fantástico, da TV Globo, e foi o primeiro apresentador do Historu Channel no Brasil. Eduardo Bueno ganhou dezenas de prêmios, dentre eles o Jabuti, em 1999, e a ordem do Mérito Cultural concedida pelo Ministério da cultura do governo federal.



Guia Mitologia Romana

POSTAGENS 24



Para entender os mitos Romanos, este guia traz uma visão geral da História e da Religião da Antiga Roma e reconta as lendas primordiais da cidade: A queda de Tróia,,  Oráculo, o retorno de Eneias, o crime de Túlia, o Estupro de Lucrécia e a queda de veios.

domingo, 28 de junho de 2020

livro: Escravidão volume I

POSTAGEM 23
LAURENTINO GOMES
ESCRAVIDÃO VOLUME 1




Depois de receber diversos prêmios e vender mais de 2,5 milhões de exemplares no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos com a série 1808, 1822 e 1889, o escritor Laurentino Gomes dedica-se a uma nova trilogia de livros – reportagem, desta vez sobre a história da escravidão no Brasil. Resultado de seis anos de pesquisas e observações, que incluíram viagens por doze países e três continentes, este primeiro volume cobre um período de 250 anos, do primeiro leilão de cativos africanos registrados em Portugal, na manhã de 8 de agosto de 1444, até a morte de Zumbi dos Palmares.
Entre outros aspectos, a obra explica as raízes da escravidão humana da antiguidade e na própria África antes da chegada dos portugueses, o início do tráfico de cativos para as Américas e suas razões, os números, os bastidores e os lucros do negócio negreiro, além da trajetória de alguns de seus personagens mais importantes, como o Infante Dom Henrique, patrono das grandes navegações e descobrimentos do século XV e também um dos primeiros grandes traficantes de escravos no atlântico.
Esta é uma história de dor e sofrimento cujos traços ainda são visíveis atualmente em muitos dos locais visitados pelo autor, como Luanda, em Angola, Ajudá, no Benim, cidade Velha em Cabo Verde, Liverpool, na Inglaterra, e o cais do Valongo, no Rio de Janeiro.
Os dois volumes seguintes, a serem publicados até as vésperas do bicentenário da independência Brasileira, em 2022, serão dedicados ao século XVIII, O AUGE DO Tráfico de escravos, e ao movimento abolicionista que resultou na lei Áurea de 13 de maio de 1888, chegando até o persistente legado da escravidão que ainda hoje assombra o futuro dos brasileiros.





informações extras


 A relação contraditória do Brasil com a África tem profundas raízes históricas e pode ser observada ainda nos dias atuais no próprio continente africano. Os primeiros soberanos a reconhecer a independência brasileira, em 1822, foram dois reis africanos: o obá Osenwede, do Daomé (atual Benim), e o ologum Ajan, de Lagos (hoje cidade da Nigéria).* Eram ambos grandes exportadores de escravos. Na direção oposta, em 11 de novembro de 1975, o Brasil tornou-se o primeiro país a reconhecer Angola como um país independente, decisão que causou surpresa, levando-se em conta que o novo país nascia sob a bandeira marxista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), enquanto os brasileiros viviam sob uma ditadura militar inaugurada em 1964 com o pretexto de combater o comunismo

“O Brasil foi o maior território escravista do hemisfério ocidental por quase três séculos e meio. Recebeu, sozinho, quase 5 milhões de africanos cativos, 40% do total de 12,5 milhões embarcados para a América. Como resultado, é atualmente o segundo país de maior população negra ou de origem africana do mundo.

Os afrodescendentes brasileiros, classificados nos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como pretos e pardos, somam hoje cerca de 115 milhões de pessoas, número inferior apenas à população da Nigéria, de 190 milhões de habitantes, e superior à da Etiópia, o segundo país africano mais populoso, com 105 milhões.

 O Brasil foi também a nação que mais tempo resistiu a acabar com o tráfico negreiro e o último a abolir oficialmente o cativeiro no continente americano, em 1888 — quinze anos depois de Porto Rico e dois depois de Cuba”.

O tráfico de africanos escravizados no Brasil começou por volta de 1535, algumas décadas depois da chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral à Bahia, em 1500. O objetivo inicial do comércio de gente era fornecer mão de obra para a indústria do açúcar no Nordeste, a primeira importante atividade econômica colonial, mas rapidamente se propagou por todos os segmentos da sociedade e da economia. 

Três séculos mais tarde, na época da Independência, praticamente todos os brasileiros livres eram donos de escravos, incluindo inúmeros ex-cativos que também tinham seus próprios cativos. A presença de africanos nas ruas e lavouras brasileiras surpreendia os viajantes que por aqui passavam.

 No interior do país, eram agricultores, tropeiros, marinheiros, pescadores, vaqueiros, mineradores de ouro e diamante, capangas e seguranças de fazendas. Nas cidades, trabalhavam como empregados domésticos, sapateiros, marceneiros, vendedores ambulantes, carregadores de gente e mercadoria, açougueiros, entre muitas outras funções. A escravidão é um fenômeno tão antigo quanto a própria história da humanidade.

No mundo inteiro, desde a mais remota Antiguidade, da Babilônia ao Império Romano, da China Imperial ao Egito dos Faraós, das conquistas do Islã na Idade Média aos povos pré-colombianos da América, milhões de seres humanos foram comprados e vendidos como escravos. Provinham de todas as regiões, raças e linhagens étnicas, incluindo eslavos (designação que originou a palavra “escravo”) de olhos azuis das regiões do Mar Báltico.

 A descoberta e a ocupação de um novo continente pelos europeus na virada do século XV para o XVI, porém, adicionaria ingredientes inteiramente novos a essa história.

 Nada foi tão volumoso, organizado, sistemático e prolongado quanto o tráfico negreiro para o Novo Mundo: durou três séculos e meio, promoveu a imigração forçada de milhões de seres humanos, envolveu dois oceanos (Atlântico e Índico), quatro continentes (Europa, África, América e Ásia) e quase todos os países da Europa e reinos africanos, além de árabes e indianos que dele participaram indiretamente.

 Além disso, redesenhou a demografia e a cultura da América, cujos habitantes originais, os indígenas, foram dizimados e substituídos por negros escravizados. Até 1820, para cada branco europeu que aportava no continente americano, chegavam outros quatro africanos cativos.
Também, pela primeira vez, escravidão se tornou sinônimo da cor de pele negra, origem da segregação e do preconceito racial que ainda hoje assustam e perturbam a convivência entre as pessoas em muitos países, caso do Brasil e dos Estados Unidos.

Até meados do século XIX, com exceção dos próprios cativos, quase todos os demais seres humanos estiveram envolvidos, participaram ou lucraram com o tráfico negreiro, incluindo reis e chefes africanos, que forneciam escravos para seus parceiros europeus. 

Na Europa, o negócio do tráfico negreiro nunca foi restrito aos países mais ativos na colonização da América, caso de Portugal, da Espanha e Inglaterra. Entre os demais participantes, estavam os alemães, os italianos, os suecos e os dinamarqueses

A Inglaterra, baluarte do abolicionismo no século XIX, fora a maior traficante de escravos no século anterior. Por volta de 1780, os ingleses transportavam em média 35 mil cativos por ano da África, numa frota de aproximadamente noventa navios negreiros. 

O primeiro grande traficante inglês, John Hawkins, tinha como sócia ninguém menos do que a rainha Elizabeth I, a mesma soberana que foi a mecenas do poeta William Shakespeare. 

 Fernando, rei da Espanha, chamado de “Atleta de Cristo” pelo papa Alexandre VI, assinou o primeiro assiento, alvará de licença para o transporte de escravos em larga escala para o Império Colonial Espanhol na América.

Hoje, parece inconcebível que algo de tamanhas proporções tenha ocorrido. A história, porém, demonstra que, para os europeus, a ideia de que a escravidão seria inaceitável do ponto de vista moral desabrochou apenas no finalzinho do século XVIII, com o nascimento do abolicionismo britânico.

 “Antes disso, a compra e a venda de seres humanos eram tão comuns e naturais quanto o comércio de quaisquer outras mercadorias e produtos”, observaram os historiadores David Eltis e David Richardson.

 “A participação no tráfico negreiro no Atlântico até o século XIX era definida pela oportunidade, e não pela moralidade.”  Cabe acrescentar que a abolição do cativeiro na América não significou o fim da escravidão em outras partes do mundo.

 Até recentemente, diversos Estados ainda mantinham a instituição. Os últimos a aboli-la legalmente foram a Etiópia, em 1942; o Marrocos, em 1956; a Arábia Saudita, em 1962; e a Mauritânia, em 2007. 

 Em resumo, a escravidão ainda existia e era oficialmente tolerada até pouco mais de uma década atrás, neste mesmo século XXI, quando a imensa maioria dos seres humanos hoje vivos já tinha nascido.


Estima que existam, hoje, mais escravos no mundo do que em qualquer período durante os 350 anos de escravidão africana na América. Seriam 40 milhões de pessoas vivendo nessas condições — ou seja, mais do que o triplo do total de cativos traficados no Atlântico até meados do século XIX. Segundo os dados da mesma instituição, cerca de 800 mil pessoas são traficadas internacionalmente ou mantidas sob alguma forma de cativeiro, impossibilitadas de retornar livremente e por seus próprios meios aos locais de origem.

 Nada disso é surpreendente, considerando-se o alto índice de pobreza prevalente no planeta: calculase que, em todo o mundo, 3,4 bilhões de seres humanos (quase a metade do total da população) sobrevivam com uma renda igual ou inferior a 3,20 dólares por dia, o equivalente a pouco mais de 12 reais, valor insuficiente para assegurar as necessidades mínimas de alimentação, moradia e outros cuidados básicos.


Oficialmente, a escravidão acabou em 1888, mas o Brasil jamais se empenhou, de fato, em resolver “o problema do negro”, segundo expressão usada pelo próprio Nina Rodrigues. Liberdade nunca significou, para os ex-escravos e seus descendentes, oportunidade de mobilidade social ou melhoria de vida. Nunca tiveram acesso a terras, bons empregos, moradias decentes, educação, assistência de saúde e outras oportunidades disponíveis para os brancos. Nunca foram tratados como cidadãos. Os resultados aparecem nas estatísticas a respeito da profunda e perigosa desigualdade social no país:

“Durante a campanha abolicionista que empolgou o país na segunda metade do século XIX, o pernambucano Joaquim Nabuco dizia que os brasileiros estariam condenados a permanecer no atraso enquanto não resolvessem de forma satisfatória a herança escravocrata. Para ele, não bastava libertar os escravos. Era preciso incorporá-los à sociedade como cidadãos de pleno direito.”

 Num período de apenas cem anos, mais de 6 milhões de seres humanos foram traficados da África para a América, dos quais 2 milhões (um terço do total) vieram só para o Brasil.

“Escravo” é uma palavra de uso consagrado nos dois mais importantes dicionários brasileiros, o Aurélio e o Houaiss, onde aparece como “aquele que, privado da liberdade, está submetido à vontade de um senhor, a quem pertence como propriedade”.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Dicionário Mulheres do Brasil

POSTAGEM 22

Dicionário Mulheres do Brasil
de 1.500 até a atualidade, Biográfico e ilustrado
Schuma Schmather, ÉRICO Vital Brazil





Com cerca de 900 verbetes, 270 ilustrações e índice cronológico, esse dicionário torna-se referência obrigatória para o estudo da história brasileira. 

De Abigail Andrade e Zuzu Angel - passado por Bertha Lutz, Clarice Lispecto, Escrava Anastácia, Princesa Leopoldina e inúmeras  mulheres até então atrás dos panos - ?, são resgatado 500 anos de lutas e conquista de direitos.

" contar a história do Brasil pelo olhar feminino é certamente um meio de redescobri-lo. É tornar visível o papael da mulher protagonista da construção do país", Ruth Cardoso". 

" Projeto muito importante por propor uma pesquisa original sobre personagens femininos da história do Brasil, principalmente porque a bibliografia nunca deu muita importância às mulheres",

Ronaldo Vainfas, professor titulas de Història da UFF.

livro: HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO

POSTAGEM 21

HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO

Por Massimo Montanari ( autor) Jean Louis Flandrin ( autor) Luciano Viera Machado ( tradutor )

Tratado histórico e antropológico sobre a alimentação, desde a Pré história até os dias de hoje apresentado de forma cronológica e dissertando sobre a dietética contra a gastronomia etc. Livro fundamental para historiadores sociólogos e defensores das boas causas gastronômicas, por 42 destacados especialistas. Dois ricos cadernos de ilustrações coloridas.


Café com Notícia 19 de Fevereiro 2021

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