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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Pré história ( O crânio de Luzia )

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Entre inúmeras peças abrigadas no Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído por incêndio iniciado na noite de domingo (3/9). O crânio de Luzia e sua reconstituição facial são duas das perdas mais lamentadas por pesquisadores brasileiro. Paulo Knauss, diretor do Museu. Histórico Nacional, também no Rio de Janeiro, classificou a perda de Luzia como “inestimável para todos os interessados em civilização”
Luzia é de inestimável valor cientifico por se tratar do mais antigo fóssil humano já encontrado no Brasil e nas Américas. O Crânio, pertence a uma mulher que viveu há mais de 11 mil anos, foi descoberto em uma gruta da região de Lagoa Santa em Minas Gerais, em 1975, e   é fundamental para se compreender como ocorreu a ocupação do continente americano.

Na verdade, a descoberta de Luzia é o principal problema para os cientistas que defendem a tese de que o Homo Sapiens chegou ao continente cerca de 11,2 mil anos atrás, a partir do Estreito de Bering. Essa Teoria ganhou força depois de artefatos de uma cultura chamada Clóvis serem encontrados em um sítio do Novo México (EUA), no fim da década de 1920. Assim, por muito tempo, acreditou-se que esses norte – americanos constituíram o primeiro povoamento das Américas.

No entanto, com a descoberta de Luzia, a teoria dos “Clovistas” perdeu força, porque, na velocidade com que se deslocava naquela época, seria impossível para o homem chegar tão rapidamente à América do Sul, argumentam pesquisadores que se opõem a essa explicação.

A existência de Luzia, diz, esse grupo, sugere que o Homo Sapiens atravessou o Estreito de Bering antes do povo Clóvis, há cerca de 14 mil ou 15 mil anos, e com o tempo, migrou para o sul. Entre os cientistas que mais colaboraram para o fortalecimento dessa segunda teoria está o biólogo, antropólogo e arqueólogo brasileiro Walter Neves, responsável por batizar Luzia, nome escolhido em referência ao Australopiteco Etiope Lucy, fóssil de humanoide mais antigo já encontrado no mundo. Segundo ele, Luzia e várias outras descobertas, como novos fóssil de humanoide mais antigo já encontrado no mundo. Segundo ele Luzia é Várias outras descobertas, como novos fósseis, objetos e artes rupestres descobertos no Brasil e no Chile, representam um duro golpe na teoria Clovistas.

Uma mulher de 20 anos. Estudos de datação apontaram que o fóssil abrigado no Museu Nacional era uma mulher que estava na faixa dos 20 anos quando morreu, tinha 1.5m de altura e possuía traços negroides, com nariz largo e olhos arredondados. A reconstituição de seu rosto foi feita em 1999, por pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra que usaram como base o crânio.

O fóssil gerou ainda a denominação povo de Luzia que se refere aos primeiros homens e mulheres que habitaram a região arqueológica de Lagoa Santa.

Porém sabe-se, hoje que o grupo ao qual Luzia pertenceu foi apenas um dos vários povos que viveram no lugar em diferentes períodos, vivendo de caça de animais de pequeno e médio portes e da coleta dos recursos vegetais disponíveis na região.

Tudo isso faz que Luzia seja um tesouro não só brasileiro, mas mundial, uma peça – chave da História Humana, avalia Mercedes Okmura, coordenadora do laboratório de Estudos Evolutivo da Universidade de São Paulo (USP). “É uma situação extremamente decepcionante, porque esses materiais não pertencem apenas ao museu, mas à humanidade, Todos perdem, não só o Rio de Janeiro “, afirma. “Acredito que Luzia tenha sido uma das peças mais icônicas perdidas nessa tragédia. Ela faz parte da discussão dos povoamentos das Américas, fez com que discutíssemos mais esse tema e foi uma das maiores fontes de produção cientifica do país”. 

Completa. Correio Bazilienese.

O Brasil concede uma significativa contribuição proveniente de seus diversos sítios arqueológicos. Entre os estados que apresentam antigos vestígios da presença humana podemos destacar primeiramente os estados do Piauí, Minas Gerais e as regiões litorâneas do Centro – Sul do país.
Em são Raimundo Nonato (PI), um grupo de arqueólogos liderados por Niêde Guidon, notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência. Entre as principais conclusões desses estudos, destaca-se a presença de comunidades coletivas que caçavam e utilizavam o fogo para protegerem-se e alimentar-se.

Na região de Lagoa Santa (MG) é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Foi ali que se achou o mais antigo fóssil das AMÉRICAS, Trata-se do crânio feminino que existiu há cerca de 11.500anos, Pesquisa desenvolvidas a partir desse fóssil (apelidado de Luzia) abriram portas para novas teorias sobre o processo de ocupação no continente.

Os traços negroides de Luzia levantam a suspeita de uma onda migratória da Oceania, responsável pela ocupação do nosso continente.

Próxima das regiões de rio e no litoral do Brasil existe outro conjunto de vestígios pré – históricos, neste lugares, montes de conchas e esqueletos de peixes conferem a existência de comunidades inteiras que sobreviviam da pesca.

Também conhecidos como povos Sambaquis, essas populações foram usualmente detectadas no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No ano de 2001, o mais antigo Sambaqui brasileiro foi encontrado em Vale do Ribeira (SP) nas regiões do interior do Brasil também são encontrados riquíssimos sítios arqueológicos os chamados “cemitérios dos índios” são na verdade, vestígios de antigas civilizações do território brasileiro.

Ali encontramos grandes aldeias que realizavam sofisticados rituais funerários. Datados com cerca de mil anos, esses povos possuíam uma cultura bastante diferente das dos Sambaquis.

Ainda na região Amazônica temos relato sobre um outro conjunto de povos pré _ histórico, designado como integrantes da civilização Marajoara, esses povos deixaram interessantes vestígios materiais.




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