POSTAGEM 19
LIVRO: AS ORIGENS DO SEXO
UMA HISTÓRIA DA PRIMEIRA REVOLUÇÃO SEXUAL
Foram 20 anos de pesquisa,
consultando de obras artísticas e diários pessoais a registros criminais e
tratados filosóficos, antes que Faramerz Dabholala finalizasse seu livro. As
origens do sexo: uma história da primeira revolução sexual, que a biblioteca
Azul lança no Brasil.
No livro, Dabholwala alterna a
perspectiva histórica com trajetória individuais de muitos homens e mulheres
para compreender a evolução da forma como o homem encara – e pratica – o sexo
ao longo da história, com destaque para a mudança de paradigmas trazida pelo
iluminismo, que suscitou a primeira grande revolução sexual do ocidente,
segundo o pesquisador, professor de Oxford e membro da Royal Historical
Society. Dabholala, mostra em as origens do sexo que, desde o início da
história humana, quase todas as civilizações prescreveram leis severas contra
algum tipo de imoralidade sexual, mas foi a partir da idade média que o sexo ilícito
foi tratado com crescente vigor como crime público.
A revolução sexual teve início
com a derrocada da disciplina pública, fruto da Reforma Religiosa e do conflito
que se estabeleceu a partir dela, quando o sexo consensual fora do casamento
foi aos poucos passando para a esfera do privado, além da coerção legal. Mas
foi o iluminismo que mudou definitivamente a maneira como a sociedade via o
sexo.
O modo de pensar iluminista alterou as noções de religião, verdade
natureza e moralidade de quase toda a população transformando atitudes e
comportamentos. Essa maior pluralidade de visões morais teve como efeito o
avanço da liberdade sexual ao longo do século XVIII. Essa mudança radical lançou
os alicerces da cultura sexual até hoje.
O iluminismo varreu uma visão de
mundo mais investida de autoridade, trazendo novas perspectivas e algumas
tensões irresolúveis que fazem parte da condição moderna o crescimento da
liberdade sexual, o predomínio do modo urbano de viver e discutir sexo, a noção
de que os homens são por natureza mais sexualmente ativos e as mulheres mais
passivas, uma associação entre moral e classe, a distinção entre público e
privado, comportamento natural e antinatural, pornografia e celebridade.
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